Primeiro post aqui e é claro que essa foto seria a capa. Afinal, ela representa muito meu trabalho e é a capa do meu pdf há quatro anos (feliz aniversário, Maura e Tota).
Nos últimos anos, eu tenho respondido com muita frequência a algumas perguntas e reparado que criei certas "certezas" na cabeça de vocês, elas me levaram a escrever esse post.
A NAIRA ODEIA FOTO POSADA

M I T O
Eu compreendo perfeitamente de onde vocês tiraram isso, mas é mito. Vamos começar por PAREM DE DEMONIZAR "FOTO POSADA". A fotografia documental preza pela naturalidade, é óbvio. Mas, em alguns momentos, o natural é a pose. Já falei sobre isso no Instagram e vou trazer o texto em um post exclusivo aqui no blog. O que eu sou contra, muito contra, é fazer o casal de fantoche e, não apenas isso, mas INTERFERIR nos momentos reais. Para mim, dirigir os acontecimentos de um casamento é a assinatura de que o profissional não sabe o que fazer se algo sair do controle dele. E eu nem vou entrar no mérito de que acho que a beleza está na realidade dos momentos e das emoções, porque isso já é assunto para um post inteiro. O ponto é: uma foto posada na hora certa não tira a autenticidade da fotografia do seu casamento, nem a sua. Na hora certa. E se você parar para pensar, é o jeitinho de fazer que importa, né?
A NAIRA ODEIA FOTO AMARELA
MITO
Eu adoro. Quanto mais fotógrafo fazendo esse tipo de edição, melhor pra mim. Continuem fazendo. Eu vou continuar fazendo o contrário. Kk.
V E R D A D E
Brincadeiras à parte, é verdade. Eu tenho horror a modismos de edição. Todos eles, em algum momento, se tornam CAFONAS. Sem contar que eu acho um crime contra a natureza, que dá 10.000.000 de cores visíveis ao olho humano. Deixa eu te dar um exemplo: um terno azul. Tá usando muito, né? Eu amo. O noivo usa um terno azul, eu vou lá e edito a foto amarelada... e o terno fica verde.
Gente, temperatura de cor é muito diferente de tonalização. Uma coisa é uma foto quente, outra é edição amarela. A foto acima, da Rachel, é quente.
Outro exemplo: você passa mais de ano escolhendo a paleta de cores da sua decoração e quando vai ver nas fotos essa obra de arte que o decorador deu o sangue para fazer, tá tudo da mesma cor.
Então SIM, eu odeio foto amarela e não faço nem que me paguem o dobro. Não posso falar pelos outros, mas a minha fotografia tem que ser atemporal e mostrar as cores de verdade do seu casamento.
A NAIRA ODEIA PROTOCOLO

M I T O
Acho desnecessário perder muito tempo nesse momento, mas considero essas fotos imprescindíveis. Para casais que detestam com muita força (a maioria dos meus casais), indico a praticidade. Todos os padrinhos juntos, toda a família junta, e é isso, bora beber. Pronto, 5 minutos, nem doeu. Ah, e só para constar, tá aí um momento em que eu considero muito mais natural olhar para a câmera e sorrir do que ficar inventando moda, dançando, gritando ou fingindo qualquer coisa.
A NAIRA SÓ FOTOGRAFA CASAMENTO-BALADA-INSANO

M I T O
O que acontece é que, por ser fantasma, eu acabei sendo escolhida para fotografar muitos desses casamentos nesses 11 anos e tem chuva deles no meu portfólio.
Sim, eu gosto muito de fotografia de pista. Na festa, as pessoas simplesmente são elas mesmas. Mas não é por isso que eu SÓ gosto de casamento maluco. Tenho casamentos super tranquilos que estão no hall dos meus prediletos. Meu trabalho se resume a REALIDADE, gente de verdade, autenticidade. O que eu gosto é ter liberdade para captar a essência de vocês, seja ela qual for.
A NAIRA NÃO DIRIGE NADA
D E P E N D E
Como eu disse lá em cima, tem momentos que pedem direção: o ensaio do casal e as fotos protocolo. A grande questão é que eu faço isso sem ser mala e não dirijo nada além disso, não interfiro no casamento, não peço pra vocês fazerem alguma coisa porque "vai ficar bonito na foto", não interfiro em nada na festa. Eu só dou UM pitaco antes do casamento (e ele é muito importante, vocês precisam aprender a escutar OS FOTÓGRAFOS nesse ponto), que é sobre horário e luz da cerimônia. E esse vai ser o primeiro post-conselho desse blog, em breve.
Pronto, foram esses os mitos e verdades que me vieram à mente para esse primeiro post. Fiquem à vontade para me mandar (nos comentários ou em qualquer meio de comunicação) o que vocês querem ver aqui. E se você é uma das pessoas que infernizou a minha vida quando eu excluí o blog, curte e comenta aí.
Adiós, muchachos.